A reunião do FOMC iniciada hoje foca a atenção dos investidores, tanto pela perspectiva de manutenção dos juros americanos, em virtude da falta de certeza quanto ao futuro dos planos econômicos de Trump, quanto a uma reação aos indicadores mais recentes de atividade. `
Localmente, as atenções se voltam ao setor externo e o que pode ser mais um saldo recorde de balança comercial, mesmo com resultados de exportações e importações inferiores à medição anterior.
O resultado é importante no contexto atual de crise brasileira, pois reduz consideravelmente o problema dos déficits de conta corrente e pode elevar tanto o foco na questão fiscal, quanto monetária, além de manter uma flutuação do dólar benéfica à inflação.
CENÁRIO POLÍTICO
Após mais uma de Trump, o qual comemora os “louros” de ter evitado o shutdown da economia americana no congresso, mesmo não tendo conseguido o que queria em defesa e nem para o muro na fronteira com o México, o novo presidente elegeu um novo alvo.
Numa declaração no meio do pregão de ontem, Trump disse que estaria estudando a possibilidade de “separar” os grandes bancos, algo que se esperaria de um presidente mais à esquerda nos EUA.
Para muitos analistas, a declaração é populista e busca, mais uma vez, alternar o foco das atenções para assuntos mais polêmicos, porém menos factíveis, como os grampos de Obama.
No Brasil, o presidente Temer começa a cobrar mais seriamente o apoio político e coloca a votação do parecer da reforma da previdência na comissão já nesta quarta-feira. Por parte do governo, as manifestações foram consideradas fracas e pontuais, apesar do impacto nos transportes, principalmente por conta dos sindicatos e não deve atrapalhar a agenda de reformas.
CENÁRIO DE MERCADO
Os balanços corporativos positivos continuam a sinalizar uma abertura positiva nos EUA, com altas nos futuros das bolsas em NY, assim com as bolsas na Europa em alta, na perspectiva pelo início da reunião do FOMC.
O dólar opera em volatilidade desde a abertura e cai neste momento, enquanto o rendimento dos Treasuries registra alta em todos os vencimentos, desde os mais curtos, até os mais longos.
Entre as commodities, o ouro volta a subir levemente, e o minério de ferro em alguns portos chineses opera em forte alta, com elevação de 2% no conjunto, elevando também o cobre, platina e a prata.
O petróleo opera em alta em todas as praças, apesar da divulgação da maior produção histórica da Líbia e mesmo assim, eleva também o preço de derivados. Entre os balanços corporativos, destacam-se Apple (NASDAQ:AAPL), BNP Paribas (PA:BNPP), Cielo (SA:CIEL3), ConocoPhillips (NYSE:COP), EDP (SA:ENBR3) Energias do Brasil (SA:ENBR3), Embraer (SA:EMBR3), Multiplus (SA:MPLU3), Merck (NYSE:MRK), Porto Seguro (SA:PSSA3), PG&E, Pfizer (NYSE:PFE) e Western Union (NYSE:WU).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1768 / -0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,147%
Dólar / Yen : ¥ 112,21 / 0,331%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,248%
Dólar Fut. (1 m) : 3202,00 / -0,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,35 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 21: 10,00 % aa (-0,89%)
DI - Janeiro 25: 10,48 % aa (-0,66%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,12% / 65.403 pontos
Dow Jones: -0,13% / 20.913 pontos
Nasdaq: 0,73% / 6.092 pontos
Nikkei: 0,70% / 19.446 pontos
Hang Seng: 0,33% / 24.696 pontos
ASX 200: -0,10% / 5.950 pontos
ABERTURA
DAX: 0,138% / 12455,14 pontos
CAC 40: 0,406% / 5288,73 pontos
FTSE: 0,512% / 7240,86 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66130,00 pontos
S&P Fut.: -0,013% / 2386,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,044% / 5633,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 84,48 ptos
Petróleo WTI: 0,74% / $49,20
Petróleo Brent:1,05% / $52,06
Ouro: -0,06% / $1.255,81
Aço: 1,99% / $69,35
Soja: 1,27% / $18,30
Milho: 0,00% / $369,25
Café: 0,15% / $133,80
Açúcar: 0,56% / $16,31